Mesmo quem nunca assistiu à série nem leu os quadrinhos já deve saber que The Walking Dead trata de um apocalipse zumbi e seus poucos sobreviventes humanos. O diferencial da série, porém, é que os relacionamentos humanos num período tão caótico são o foco da narrativa, ganhando muito mais destaque que a luta pela sobrevivência em meio aos zumbis.
Esse será também o foco do jogo da Telltale: o relacionamento dos sobreviventes num mundo dominado por comedores de cérebros. A diferença entre os games e a série, porém, é que os jogos não vão acompanhar Rick Grimes, nem seu filho Carl, nem qualquer outro personagem que já conhecemos: nos jogos, vamos ser apresentados a dois personagens completamente novos, uma jovem chamada Clementine e um homem chamado Lee.
No início do jogo, um zumbi que perambula pelas ruas causa um acidente envolvendo o carro em que Lee, um prisioneiro, está sendo transportado. “Ele consegue sua liberdade, mas obviamente sob circunstâncias horríveis”, contou o produtor executivo da Telltale, Kevin Boyle. Ele nota também que o passado de Lee é um fator muito importante para o jogo: “Vocês vão descobrir o que aconteceu, e porque ele estava naquela situação. Isso mostrará algumas informações a que as pessoas vão reagir de maneiras distintas. Ele é uma figura heroica, mas não é muito correto.”
E mesmo que Lee e Clementine sejam os protagonistas no jogo de The Walking Dead, Boyle revela que acabaremos encontrando alguns rostos familiares ao logo do caminho. “Nosso objetivo, porém, é criar uma história com personagens a que o público não está familiarizado” explica Boyle.
Fazer um jogo baseado em The Walking Dead que não esteja focado nos mesmos personagens dos quadrinhos e da série de TV é um movimento arriscado, mas é uma decisão que tem o apoio total do criador da história, Robert Kirkman, e tem também sua participação na produção e design do jogo.
A Telltale enfatiza que é importante que os jogadores não saibam como os acontecimentos do jogo vão se desenvolver, para que eles possam enfrentar de peito aberto as decisões difíceis que terão de tomar. “O centro daquilo que queremos mostrar é colocar o jogador frente a frente com a dúvida sobre qual é a decisão correta diante de duas opções horríveis”, diz Boyle.
“Mas e os zumbis? Com todo esse enfoque na trajetória pessoal dos personagens, os comedores de miolos vão sair de cena?” Bem pelo contrário! “A ameaça dessa força incontrolável que continua a crescer e crescer até você morrer... É essa sensação que precisamos passar num jogo de The Walking Dead, e os zumbis não são desimportantes nisso”, esclareceu Boyle.
Ainda não foi divulgada a data de lançamento do jogo.
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